O food service, setor que engloba estabelecimentos que preparam e servem alimentos fora do lar, após uma grave crise, se prepara para decolar.
Com todos os impactos provocados pela pandemia, o setor de Food Service foi, certamente, um dos mais afetados com as restrições de circulação social e pelas medidas sanitárias adotadas em várias cidades.
Devido ao fechamento dos endereços corporativos, as pessoas tiveram que se voltar para a alimentação dentro do lar, o que fez agravar ainda mais a crise no setor
Hoje, um dos desafios dos empreendedores de negócios e serviços de alimentação fora do lar, é o de como manter as empresas de food service de pé, ao mesmo tempo em que se criam novas realidades, considerando os novos comportamentos do consumidor.
Em decorrência do fechamento temporário das unidades físicas de bares, restaurantes e lanchonetes, o delivery passou a ser utilizado como principal canal de venda, fazendo com que 73% das franquias de alimentação adotassem o sistema em 2020.
Segundo a Associação Brasileira de Franchising (ABF) com a consultoria Galunion, o delivery passou a representar 36% do faturamento das redes em 2020, contra 18% em 2019.
Desempenho do food service nos últimos anos
O ano de 2020 começou com perspectivas animadoras para o setor.
Após 5 anos sem muitas variações, já era esperado que o Food Service superasse o crescimento já apresentado em 2019.
Com faturamento de R$215 bilhões, a alimentação fora do lar representa, em média, 2,9% do PIB brasileiro.
Segundo dados da ABIA – Associação Brasileira da Indústria de Alimentos –, o faturamento total, somando food service e varejo alimentício, movimentaram em 2019 R$560 bilhões. Um crescimento de 6,3% em relação a 2018.
Segundo um estudo realizado pela Food Consulting, o crescimento de 4,8% seria um dos 3 melhores desempenhos da década, com números que se manteriam pelos próximos anos.
Até que a pandemia chegou ao Brasil…
A partir disso, a queda do setor de food service atingiu 32%, ainda assim, com uma recuperação acima da expectativa, levando em conta todas as restrições impostas.
O primeiro mês de impacto da pandemia foi em abril de 2020, com uma retração de 72%; já em novembro, o faturamento conseguiu subir, contudo ainda com fechamento negativo de 20%.
O que esperar de 2021 em diante
O que podemos considerar como um dos aprendizados da pandemia, é que as projeções para o futuro podem mudar drasticamente de um mês para o outro.
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Em janeiro de 2021, o recuo apresentado foi de 15,4% na comparação com o mesmo mês no ano passado, valor um pouco menor do que o apresentado em dezembro (15,1%).
Ainda que a queda no setor de food service tenha sido brusca, as projeções de recuperação feitas no final do ano passado para 2021 foram animadoras.
O mercado poderá dar um salto rumo à recuperação ao longo do ano, em comparação com as perdas vivenciadas em 2020.
De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (ABIA), o IBGE e as projeções da consultoria Food Consulting, o mercado de Food Service deve atingir um crescimento de 22% a 25% em 2021.
A redução da competição do mercado é um dos fatores determinantes para esse crescimento, já que pelo menos 25% das empresas do setor fecharam as portas em 2020.
Em outra projeção, a previsão da Research and Markets é de um mercado global para as food techs de US $250,4 bilhões até 2022.
Essas projeções reforçam a importância de que mesmo em meio à crise, que depende que haja um avanço na imunização da população, é preciso manter o negócio preparado para a retomada.
Pois quem conseguir manter a sua estrutura, mitigar seus custos e alinhar suas estratégias ao momento atual estará pronto para conquistar os clientes que voltarem a consumir.
Isso inclui ainda a renovação do negócio, especialmente no que diz respeito à digitalização dos processos: das etapas de produção à logística.
Especialistas do setor estimam que 2021 ainda será um ano de desafios em inúmeros aspectos.
O comportamento do consumidor vem mudando, e os negócios de alimentação precisam estar atentos aos novos padrões de consumo.
Neste sentido, empreendedores e investidores do setor precisam ter um conhecimento profundo do seu negócio para adotarem as estratégias mais adequadas a cada um.
E quem quiser continuar nessa corrida pela retomada vai precisar estar preparado para este novo cenário.
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